segunda-feira, 30 de março de 2009

Harmony Day

Como vocês sabem a Carla está fazendo um curso de inglês no TAFE que é obrigatório para imigrantes recém chegados.
Para as pessoas que chegam com visto de refugiado este curso é gratuito, mas para quem vem com visto de residência, como o nosso, o curso é pago (inclusive tem que ser pago antes de sair o visto).

Ela me autorizou a escrever um pouco sobre o assunto.

Antes de iniciar as aulas, uma das professoras faz uma entrevista com o aluno para colocá-lo no nível adequado.

Mas o mais interessante é a diversidade de pessoas que frequentam o curso.
Na turma da Carla tem gente de tudo quanto é lugar. Tem muitos asiáticos, gente da África do Sul, mas uma boa parte chegou como refugiado e vem de países árabes e leste europeu.

Inclusive perguntaram prá Carla se ela também era refugiada brasileira, fugindo da guerra no Rio de Janeiro... que coisa, não?

A Carla já fez uma turma, com algumas chinesas e malaias.

Na mesma escola, a Carla conheceu a Monika, brasileira de São Paulo, que veio em janeiro prá cá com o marido Italiano, o Mauricio.
A Monika está em uma turma diferente da Carla, mas o engraçado é que alguns dias antes de conhecerem "oficialmente" as duas estavam sentadas em um banco do TAFE, com outras colegas, e tentando falar inglês uma com a outra. Imaginem o quanto já rimos deste episódio...

Outra boa que a Carla me contou é que a professora estava tentando se comunicar com um dos alunos que é Indiano. Só que o cara mal fala inglês e ainda tem um sotaque terrível. Prá ajudar na situação a Carla fazia a tradução do que o cara falava prá professora e vice-versa (já imagino a Bebel dizendo: "Esta é a Carlinha mesmo...").

Há uns 10 dias atrás a turma dela foi à um evento chamado Harmony Day, onde se encontram pessoas que fazem este curso e cada um deve ir vestido com roupa típica do país e levar algum prato típico também.
Na falta do vestido de prenda, que a Carla não trouxe, ela foi de camiseta do Brasil mesmo. E para o lanche levou negr... ops, que dizer, "Brigadeiros", pois também não encontramos uma picanha boa.

No evento cada um podia (ou tinha que) provar um pouco dos pratos típicos de outros lugares.
A Carla disse que estava indo tudo bem, comendo algumas coisas meio diferentes mas dentro do aceitável.
Isto até cair no conto da comida egípcia, que segundo a pessoa que levou não era forte.
Depois de provar, a Carla teve que tomar um litro de água e comer alguns brigadeiros para conseguir amenizar o gosto do negócio.

Ainda bem que eu não precisei ir.

Quitutes para todos os gostos


Carla e sua turma

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