quarta-feira, 23 de junho de 2010

Ainda Aprendendo

Volta e meia ainda nos deparamos com situações novas e temos que reaprender a fazer as coisas.
A mais recente delas foi a necessidade da Carla e do Ricardo de procurar um oculista.
No Brasil seria fácil: vai ao oculista/oftalmologista, ele receita óculos, a gente vai na ótica e manda fazer. Resolvido.

Aqui tive que pedir umas dicas a uma colega do trabalho e dei uma pesquisada na internet. Descobri que o esquema é diferente.
A gente marca hora e vai na própria ótica, onde a consulta é feita por um optometrista e na mesma hora já se escolhe a armação dos óculos se for o caso.
A consulta é feita através do Medicare. Já a armação e lentes são pagas pelo plano de saúde privado, integral ou parcial dependendo do preço dos óculos escolhido.
E eles avisam por SMS quando os óculos estão disponíveis para buscar.
Tudo bem prático e rápido para resolver.

Programação do Findi
No sábado fomos até Northbridge, bairro próximo ao centro da cidade, que é famoso pelos restaurantes e pubs. É lá também que acontece a noite em Perth.
Parei o carro, paguei o estacionamento na maquininha, coloquei o comprovante no carro e saímos para dar uma volta.

O lugar é muito bacana e bem ajeitado. As opções de gastronomia são inúmeras.
Fomos em direção ao Hogs Breath Café, uma rede de pub/restaurante dos mais conhecidos na Austrália.

No caminho nos deparamos com um enorme telão em uma área gramada, transmitindo jogos da copa. No gramado várias pessoas assisitindo o jogo.

Chegamos ao restaurante e fomos logo atendidos por uma moça muito falante, não muito difícil de entender, mas com discurso decorado e as vezes rápido demais, tínhamos que pedir para ela repetir.
O lugar é bem estiloso, com uma decoração propositalmente feita para lembrar um galpão, cheio de tralhas e objetos antigos para ajudar a fazer a ambientação.

A comida é muito boa e idem para as sobremesas.
O preço não é dos mais baratos, mas é bom a gente "se" tratar bem de vez em quando.

Saindo dali fomos até o Harbour Town para procurar umas chuteiras novas para o Ricardo.
Andamos de loja em loja, mas nada de encontrar algo do agrado do rapaz e com preço compatível com o orçamento.
A estas alturas a paciência dos guris - que queriam voltar prá casa - já estava terminando. Junto com a nossa em aturar os resmungos deles.
Hora de ir prá casa, tomar um bom chimarrão e carregar as baterias para o domingo.

Domingão de Sol, Festa e Guaraná
Fomos até o tradicional Railway Market em Gosnells para mostrar o lugar para nossos visitantes.
Almoçamos por lá mesmo e depois o Edu resolveu encarar uma pintura de rosto, muito comum em tudo quanto é lugar aqui.
A criançada se diverte com isto. Interessante notar que algumas crianças maiores também se prestam a pintar a cara, coisa que no Brasil elas não iriam mais se sujeitar.
Depois da transformação do "Batman", fomos até South Fremantle numa - acredite se quiser - Festa Junina, que foi realizada no Clube Português de Western Australia (que nós nem sabíamos que existia).
A festa estava rolando solta e foi realmente muuuiiito estranho chegar num lugar e escutar as pessoas falando em português.
Como era de se esperar, a grande maioria do público era de gente jovem, muitos estudantes e alguns casais novos, na faixa dos 25 a 30 anos, com bebês novinhos também.
Prá mim o ponto máximo da festa foi encontrar Guaraná Antartica sendo vendido. Por módicos 3 dolares a lata dava prá matar a saudade.
Na barraca que vendia o guaraná havia um casal. Ele brasileiro, ela australiana.
Ao ser perguntado pela Giovana onde conseguia o guaraná, ele respondeu que o pai viajava muito e ele tinha um estoque em casa.
Explicação meio esfarrapada, ainda mais depois que vi que o guaraná acabava e alguns minutos depois chegava mais.
Para desvendar este mistério, começamos uma "gincana" para descobrir de onde vinha o tal refrigerante. O Caio conhecia um cara que havia ouvido falar em algum lugar que tinha guaraná.
Depois de alguma pesquisa, descobrimos que o possível lugar era um Super IGA bem próximo de onde estávamos. Um outro cara pegou o celular e pesquisou o endereço.
Quando fomos embora, coloquei o endereço no GPS e fui até lá. Era realmente bem próximo e para nossa alegria tinha mesmo uma prateleira cheia de latas de guaraná antartica a 1,59 dolares.
Comprei uma dúzia e fomos prá casa.
Os guris adoraram a surpresa de poder tomar guaraná com pães de queijo que a Carla tinha levado.

Mais uma lição aprendida e aos poucos a gente ainda vai aprendendo mais coisas novas.
E muito bom poder encontrar lugares para comprar coisas e matar a saudade do "gosto" do Brasil.




Um comentário:

Joice Kreiss disse...

E pelo jeito não foi só a saudade do guaraná que a Carla matou...tá com saudadinha de bebês hein, Da. Carla?

Joice